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A primeira região vinícola no mundo a ser demarcada e regulamentada, em 1756, foi o Douro

O Alto Douro vinhateiro foi elevado a património mundial da UNESCO, em 2001, classificando assim uma extensa mancha de viticultura de montanha, única no mundo.

A paisagem marcada por pequenos vales de socalcos e patamares plantados com vinha, limitados por oliveiras e sustentados por quilómetros de muros de xisto, abriga uma fauna e flora tipicamente mediterrânica. Constitui uma das obras arquitetónicas mais fascinantes do planeta, onde a força do homem e a imponência da natureza se conjugam singularmente, com o rio Douro como fator de identidade. Este é um dos rios com maior desnível da Europa, nascendo na Serra de Urbión, no norte de Espanha, a cerca de 2000 metros de altitude e o segundo maior rio de Portugal, navegável no território nacional ao longo de 210 km, graças às suas cinco barragens e a um sistema de eclusas que permite vencer os desníveis.

A demarcação natural do território foi marcada por um monólito de granito no Cachão da Valeira

A Região Demarcada do Douro localizada no nordeste de Portugal é delimitada, a norte e a sul, por cotas entre os 500 e os 700 metros de altitude, com algumas inclusões de formação geológica granítica.

No final do séc. XVIII o monólito de granito no Cachão da Valeira foi removido, permitindo a navegação do rio Douro a montante e a cultura da vinha para leste até à fronteira com a Espanha, originando o Alto Douro, hoje sub-região do Douro Superior. A reforma administrativa de 1936 classifica a região pelo seu clima, orografia, castas e práticas culturais, resultando nas atuais sub-regiões Baixo Corgo, Cima Corgo e Douro Superior - todas altamente distintas, que se estendem pelo rio Douro e seus afluentes, desde a serra do Marão e Montemuro até Barca de Alva na fronteira com a Espanha, a leste.

Uma viticultura de montanha única no Mundo

No Douro não existe um pedaço de terra plana e muito menos uma parcela de vinha igual à outra. Contrariamente a outras regiões no Mundo, a maioria das vinhas plantadas no vale do rio Douro, que se localiza no lado português, sofrem um declive acentuado que chega a atingir 45º a 50º, pelo que, até ao final do séc. XIX, só era possível plantar vinha em socalco.

Com o tempo outras técnicas de implantação da vinha começam a ser experimentadas e, já no séc. XX, surge a vinha em patamares, exigindo menos mão de obra e, mais tarde, a vinha ao alto, novas técnicas que acompanham as diferentes curvas de nível entre os 100 e os 700 metros de altitude, oferecendo diferentes microclimas e um património genético raro e muito antigo de 130 castas autóctones fora de série.

Falar do Douro, não é apenas falar de um rio ou de uma região

É falar de toda a sua história e das suas gentes, das gerações de homens e mulheres que ao longo dos séculos, construíram um cenário inesquecível e uma forma de vida num imenso território de solo duro e pouco arável. Ainda hoje encontramos apenas uma pequena parte do território cultivado com vinha (18,3 %), traduzindo-se num mosaico natural produzido pelas diferentes linhas de videiras de pequenos viticultores, com uma média de um hectare de vinha por produtor de uvas, uma viticultura minifundiária, onde cada pequena parcela de terra é tratada como um tesouro único e valioso, perpetuado pela tradição ao longo de gerações.

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