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A primeira Quinta com a plantação monovarietal do Douro

Foi na Quinta Nova que decorreu o primeiro estudo para a plantação monovarietal na região do Douro, levado a cabo entre 1979 e 1981. Foi realizado em conjunto com o Ministério da Agricultura Português, através do Centro de Estudos Vitivinícolas do Douro, primeiro com a Touriga Nacional, depois com a Tinta Roriz e, por último, a Touriga Franca.

Plantação monovarietal em solo de xisto de:
Touriga Nacional com 1,65 ha a 170m e 205m de altitude, exposição Nascente/Norte;
Tinta Roriz com 1,57 Ha entre os 205m e 210m de altitude, exposição Sul/Poente;
Touriga Franca com 1,51 Ha entre os 160m e 170m de altitude, exposição Sul/Poente.

No total são 41 parcelas de vinha, com microterroirs naturais e completamente distintos

A Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo localiza-se na sub-região do Cima Corgo e estende-se por 120 hectares, ao longo de 1,5 km na margem direita do rio Douro, com uma mancha única de 85 hectares enquadrada no património mundial da UNESCO. 

A vinha tem uma idade média de 45 anos e atualmente são plantadas cerca de 3500 plantas por hectare. Das cerca de 80 espécies indígenas existentes na propriedade do encepamento original da vinha centenária foram nascendo novas estacas e novos talhões de vinha, perfazendo atualmente 41 parcelas distintas em função do seu microterroir.

O património genético plantado nestes solos de xisto grauváquico, com uma cota mínima de 80 m e máxima de 297 m, exprime um caráter único desta vinha, plantada em encostas muito íngremes que atingem os 45% de declive. A terra teve de ser moldada, permitindo três formas de implantação da videiras no terreno: socalcos (12%), vinha ao alto em encostas (16%) e patamares (72%).

A Vinha Centenária em Socalcos

Existem duas parcelas de vinha centenária em socalcos na Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo: uma de 2,5 hectares e outra com 4,5 hectares. Ambas localizadas a 150 m de altitude com uma exposição solar a sul poente, preservadas em muros de xisto com 2,5 metros de altura.

Com mais de 100 anos, este património genético com cerca de 80 castas tintas e brancas, assegura a replantação em field blend de 6000 plantas por hectare.

Todas estas plantas provêm de videiras plantadas após a filoxera e que resistem até aos nossos dias com o objetivo de criar vinhos de elevado carácter. É assim, neste sistema complexo, que as plantas competem entre si e aumentam o seu nível de concentração. Apesar de uma produção muita baixa, cuidamos destas parcelas de forma tradicional e ainda mobilizamos o solo com charrua e cavalo. Aplicamos apenas adubação natural com recurso à descava, uma opção que visa a preservar a história e a tradição do Douro, uma cultura presente na criação dos grandes vinhos do Mundo.

Seleção Clonal

Na Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo as videiras que vão chegando ao fim de vida, são enxertadas com as varas de videiras irmãs e plantadas na mesma vinha. Tal como numa família, todas as videiras estão relacionadas entre si e mesmo com diferentes idades, crescem e vivem juntas. A seleção massal é efetuada nas plantas mais robustas e promissoras, de acordo com parâmetros na vertente enológica (cor, aroma, polifenois, antocianas e taninos) e na vitícola (resistência a doenças, número e tamanho de cachos e resistência da película).

É por essa razão que a região demarcada do Douro conta com 130 castas indígenas, um património genético único no Mundo que nos interessa preservar para as gerações futuras!

Solo de Xisto

A origem geológica da Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo assenta num complexo de xisto grauváquico pré-ordovício, embora surjam também formas de xisto recentes, do ordovício e silúrico.

São solos esqueléticos, pobres e teoricamente incultos, com texturas do tipo franco-arenosas, franco limosas e limosas, incluídas na família dos antropossolos.

Com uma grande pedregosidade à superfície, a plantação da vinha só é possível pela intervenção da mão humana, tornando a rocha mãe em rocha arável, limitada pelas perdas de água por erosão, mas onde o xisto consegue recuperar a temperatura durante a noite e promover um microclima, ao nível das videiras e das raízes, único no mundo.

A combinação destes muitos fatores é responsável pela grande complexidade dos vinhos da Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo.

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